Economia Regional e Urbana - Teorias e métodos com ênfase no Brasil
Bruno de Oliveira Cruz
Bernado Alves Furtado
Leonardo Monasterio
Waldery Rodrigues Júnior
A geografia econômica – ou economia geográfica
– busca explicar por que as atividades econômicas optam por se estabelecer em
determinados lugares, com o resultado de que em alguns lugares algumas têm mais
sucesso que outras.
Desde o surgimento da civilização, as
atividades humanas e a qualidade de vida têm se distribuído de forma desigual
entre os continentes e em seus territórios (BRAUDEL, 1979). Assim como a
matéria do sistema solar está concentrada num pequeno número de corpos (os
planetas e seus satélites), a vida econômica concentra-se em um número
relativamente limitado de assentamentos humanos (cidades e aglomerações), os
quais estão agrupados sob o título de “aglomerações econômicas”. Além disso, da
mesma forma que existem planetas grandes e pequenos, existem aglomerações
grandes e pequenas com combinações muito diferentes de empresas e
domicílios.
Embora o uso genérico do termo aglomeração
econômica seja adequado num determinado nível de abstração, deve-se ter em
mente que este conceito diz respeito a situações muito distintas no mundo real.
Num extremo do espectro está a divisão Norte-Sul. No outro, a aglomeração surge
quando restaurantes, cinemas ou lojas que vendem produtos similares se agrupam
dentro do mesmo bairro, ou até na mesma rua. O que distingue os vários tipos de
aglomeração é a escala espacial, ou a unidade de referência espacial escolhida
na condução da pesquisa, da mesma forma que existem tipos diferentes de
agregação de agentes econômicos. Embora existam muitas diferenças nos detalhes,
um princípio fundamental é válido, independentemente da escala de análise
escolhida: o surgimento de aglomerações econômicas está vinculado ao surgimento
das desigualdades entre lugares.
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